Para quem vem de outras disciplinas ou outras áreas do design, o perfil do portfolio para UX pode ser um choque. Se o recrutamento na maioria das profissões não exige portfolio, basta conferir o Behance para notar que até mesmo no design prevalece o princípio do “mostre, não conte”.
Por sorte, encontrei o Project Canvas e percebi que a apresentação de UI pode ir além dos mockups. Isso pode ser estratégico para vagas nível iniciante, cujas atividades passam tanto por UI quanto UX. Afinal, o design de interfaces não deixa de ter método e a habilidade de síntese também tem valor profissional. Para ser avaliado de acordo, deixei claro tanto o papel que desempenhei nos projetos, quanto o meu nível de experiência.
Utilizando o Canvas
Um problema que enfrentei usando o Canvas foi a identificação das etapas nos meus projetos. Na etapa de Descobrimento, percebi que apesar de longe do ideal, a pesquisa existiu na forma de benchmarking, análise heurística e noções sobre o usuário – dependendo do que o projeto permitia e exigia. Os requisitos gerados a partir daí ajudaram a decidir e escolher na etapa de Seleção. Em contraste, procurei ser conciso na etapa de Criação, destacando o essencial e separando o conteúdo tópicos quando necessário.
Na ausência de métricas de sucesso, concentrei a apresentação dos resultados nos aprendizados que tive com cada projeto. Há sempre o que aperfeiçoar, por isso também achei interessante incluir um ponto do processo que gostaria de melhorar. Acredito que essa reflexão é essencial, principalmente para nós iniciantes.
Documentando trabalhos de UI com o Canvas, pratiquei a sintetização que pretendo aplicar em futuros trabalhos de UX, mais completos e bem-sucedidos. Você pode conferir meu portfolio no viniciusrosa.webflow.io. Agradeço pela ferramenta simples e efetiva que ajudará a abrir muitas portas!
Vinicius Rosa é estagiário em Design Digital, com formação pela na área pela PUC Paraná.